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Quiet ambition: nem todos querem ser líderes

Mais um termo da moda que aparece para explicar velhas atitudes. Isto mesmo, o "quiet ambition" é o movimento em que profissionais estão rejeitando posições de liderança em nome do equilíbrio e da saúde física e mental. Mas isso não é exatamente uma novidade. Há muitos anos tem sido assim. Nem todos os profissionais querem ter cargo de liderança e ainda bem, porque senão seria muito cacique para pouco índio.

Precisamos normalizar que nem todos têm perfil ou mesmo desejam ser líderes. Há excelentes opções de carreira para quem deseja ser especialista, técnico ou expert em alguma área sem necessariamente ter uma equipe de liderados.

Ser líder começa a partir do desejo inicial e genuíno de querer inspirar, conduzir e gerir pessoas. Se você não se sente à vontade nesse papel, não seja líder apenas por status ou por uma possibilidade de ganhos financeiros maiores. Não vale a pena.

Dedique-se à carreira que escolheu e onde sente que pode realmente contribuir. Busque novos aprendizados, se interesse, estude, progrida e certamente você se tornará um colaborador valioso no projeto. Há maneiras de garantir boas remunerações nestas carreiras, que o mercado costuma chamar de carreira em Y, nesta metodologia, as empresas buscam valorizar profissionais que não queiram ou não tenham habilidades de gestão de pessoas, mas são inovadores, criativos, engajados e contribuem com soluções valiosas para a organização.

Talvez você não se sinta preparado para ser um líder, embora tenha o desejo de se tornar um. Eu acredito que todos os profissionais podem liderar, alguns obviamente terão uma aptidão natural para a liderança, mas esta é uma competência que pode ser desenvolvida. Se este for seu caso, você precisa buscar desenvolvimento.

O que não pode em ambas as situações é perder seu equilíbrio físico e mental. Nenhum cargo ou salário, por melhor que seja, vale a sua saúde mental.  Trabalhar faz parte da vida, e como já disse Max Weber: “O trabalho dignifica o homem”. 

Normalmente, passamos 1/3 de nossas vidas trabalhando e se você não está no trabalho dos seus sonhos, a profissão que gosta, pelo menos precisa gostar do que faz. Isto envolve disciplina, comprometimento, engajamento. É preciso investir na profissão e no trabalho, ser curioso, buscar aprendizado constante, ter interesse. A não ser que você seja rico o suficiente para bancar seu estilo de vida escolhido, você vai precisar gerar renda para viver, então já que terá que dedicar seu tempo a algum trabalho que ele seja também prazeroso, fonte de aprendizado e de bem-estar.

Se você não está feliz com seu atual trabalho ou emprego, saiba que precisa agir. Sua carreira é a sua empresa e quem precisa cuidar dela é VOCÊ.

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