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Caneca

Workism – Quando o trabalho vira religião

Workism –  Quando o trabalho vira religião
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10/06/2025
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Vivemos numa época em que, cada vez mais, o trabalho ocupa um espaço central na vida das pessoas, especialmente entre profissionais qualificados, movidos por propósito, performance e ambição. É nesse contexto que um termo vem ganhando espaço nas discussões sobre carreira e saúde mental: workism.

Popularizado pelo jornalista Derek Thompson no artigo “Workism is making Americans miserable”, o conceito define a crença de que o trabalho não é apenas uma fonte de sustento, mas o principal caminho para a identidade, o propósito e a realização pessoal.

Como headhunter e mentor de executivos, tenho acompanhado de perto os efeitos desse fenômeno. Muitos profissionais chegam até nós com excelentes resultados, mas exaustos emocionalmente. Outros perderam o emprego e, junto com ele, o senso de quem são. E há ainda aqueles que recusam boas oportunidades simplesmente porque não conseguem imaginar outra forma de trabalhar que não seja em alto volume, sob pressão e com a agenda cheia até o último minuto. É uma realidade preocupante e que merece uma reflexão cuidadosa por parte das lideranças.

Quando o trabalho deixa de ser saudável

Não há nada de errado em amar o que se faz. A maioria das pessoas que admiro profissionalmente tem paixão pelo que entrega. O problema é quando o trabalho se torna o único pilar da identidade. Quando, sem perceber, colocamos todas as fichas da nossa autoestima e do nosso valor pessoal em algo que, por melhor que seja, é transitório. Se você quer avaliar se está exagerando, veja alguns sinais de alerta:

Sentir culpa ao descansar.

Evitar férias ou momentos de desconexão.

Negligenciar relações pessoais em nome de entregas.

Sentir-se perdido ou “inútil” fora do contexto profissional.

Medir o próprio valor apenas por resultados e reconhecimento.

A responsabilidade dos líderes

Muitas empresas reforçam, ainda que sem querer, uma cultura de culto ao trabalho. Cargos glamourizados, jornadas heroicas, e-mails às 23h como prova de engajamento. O problema é que isso cobra um preço alto, não apenas das pessoas, mas também da sustentabilidade do negócio.

Uma liderança saudável precisa incentivar:

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Diversidade de interesses e identidades.

Ambientes de trabalho seguros emocionalmente.

Reconhecimento por entregas sustentáveis e não apenas por sacrifício.

Na KeepTalent, temos olhado com atenção para essa temática tanto nas nossas mentorias quanto nos processos de seleção e assessment. Avaliamos não só competências técnicas e comportamentais, mas também o nível de autoconhecimento e maturidade emocional dos candidatos.

Mais do que encontrar talentos dispostos a “dar o sangue”, nosso papel é conectar pessoas com empresas onde elas possam prosperar sem se esgotar.

Os profissionais são muito mais do que seus crachás, suas últimas metas batidas ou seus cargos atuais. E talvez o verdadeiro sucesso esteja menos em viver para o trabalho e mais em trabalhar para viver bem – com propósito, sim, mas também com equilíbrio, autonomia e afeto.

Se você é líder, profissional de RH ou simplesmente alguém em busca de mais sentido, vale a pena olhar para essa armadilha moderna chamada workism. Repensar o trabalho é, também, um caminho de reconexão com o que realmente importa.

Na KeepTalent, desenvolvemos lideranças e conectamos talentos com empresas que valorizam o humano antes do cargo. Conheça nossos serviços de executive search, assessment e mentoria de carreira.

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