Blog

Os fatores por trás da alta rotatividade de executivos de RH em 2025

Dados de uma pesquisa global mostram que líderes de RH estão saindo de suas posições com mais frequência e cada vez mais cedo. Quase 20% dos CHROs - Diretores de Recursos Humanos estão ficando no cargo por menos de dois anos. E quem lida constantemente com as vagas de mercado percebe as mudanças de empresas e oportunidades que surgem em diferentes posições de liderança de RH.
Mas o que está por trás de toda essa movimentação? Em um cenário de crescente instabilidade e exigência por entregas imediatas, os profissionais de Recursos Humanos vêm repensando seu papel e suas prioridades. Muitos deles, especialmente em posições de liderança, começam a buscar novos contextos onde possam atuar com mais autonomia, influência e coerência entre discurso e prática. Essa movimentação significativa no RH é impulsionada não só por insatisfação, mas por uma vontade genuína de protagonizar transformações reais e sustentáveis.
Mais do que um movimento pontual, trata-se de um sinal claro de mudança de mentalidade. Os profissionais da área de Pessoas, que foram protagonistas silenciosos durante os momentos mais críticos da última década, agora buscam o reconhecimento proporcional ao papel que exercem na transformação dos negócios.
O peso do desgaste
Nos últimos anos, os líderes de RH estiveram à frente de agendas complexas e desafiadoras:
✔️ Gestão de crise durante a pandemia
✔️ Transformações culturais e digitais
✔️ Pressão por resultados em meio a reestruturações
✔️ Avanço das discussões sobre ESG, diversidade e saúde mental
A cobrança por performance, combinada à responsabilidade de cuidar de pessoas em um ambiente instável, resultou em um alto nível de desgaste emocional e físico. Muitos desses executivos passaram a questionar sua permanência em empresas que valorizam o discurso, mas não viabilizam a prática.
Espaço estratégico (ou a falta dele)
O RH não quer mais ocupar apenas a cadeira da operação e o mercado não aceita mais esse papel limitado. O que se observa, porém, é um descompasso entre o que os profissionais da área desejam (e podem entregar) e o que muitas organizações ainda oferecem.
É crescente a busca por posições onde o RH tenha voz ativa em decisões de negócio, orçamento para implementar projetos estruturantes e tempo para pensar com profundidade, e não apenas apagar incêndios. Quando isso não acontece, a movimentação vira consequência.
A transformação como critério de escolha
Aos poucos, vemos um novo tipo de executivo de RH ganhar protagonismo: aquele que escolhe com mais critério onde vai atuar. Que procura empresas com propósito claro, cultura sólida e disposição real para evoluir sua gestão de pessoas.
Os líderes de RH estão mais conscientes do seu valor e menos dispostos a permanecer em contextos que não favorecem seu desenvolvimento nem a geração de impacto real.
O que as empresas precisam entender
Mais do que reagir a pedidos de desligamento, é hora de olhar com profundidade para o ambiente interno, repensar a forma como os executivos de RH são escutados, integrados e desafiados. Eles querem (e precisam) estar no centro da estratégia. Se isso não acontece, a concorrência está de portas abertas.
O que as empresas precisam fazer para responder a essa realidade:
1. Dar voz real e poder de decisão ao RH
Incluir os líderes de RH nas reuniões estratégicas, garantir que suas opiniões e dados embasem decisões e que tenham orçamento e autonomia para agir. Quando o RH é protagonista, consegue antecipar desafios e contribuir para o crescimento sustentável da organização.
2. Investir no desenvolvimento contínuo da liderança de RH
Capacitar esses profissionais para lidar com as complexidades atuais — de transformação digital a diversidade, saúde mental e ESG — aumenta a percepção de valor e prepara o time para liderar com excelência.
3. Construir uma cultura organizacional que valorize a gestão de pessoas
Empresas precisam ir além do discurso: é fundamental que a valorização do RH esteja refletida nas práticas diárias, na comunicação interna, nas oportunidades de crescimento e no reconhecimento genuíno do impacto do time de Pessoas.
4. Garantir equilíbrio entre alta performance e bem-estar
Ambientes de trabalho que promovem saúde mental, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e que previnem o burnout, aumentam o engajamento e a retenção dos líderes de RH.
5. Revisar e modernizar processos e ferramentas
Adoção de tecnologias que agilizem rotinas operacionais libera tempo para o RH atuar em atividades estratégicas, além de mostrar que a empresa investe em inovação.
Os Executivos de RH querem entender as possibilidades de crescimento, desenvolvimento e contribuição que terão na organização, para se sentirem motivados e alinhados aos objetivos do negócio. Não querem apenas ser gestores operacionais; eles buscam ser parceiros estratégicos do negócio, com autonomia para influenciar decisões, apoiar lideranças e implementar projetos que façam diferença.
Compartilhe

Soluções para cargos
de alto nível:
Receba nossas vagas pelo WhatsApp: Acesse vagas